Como lidar com ataques e escândalos
Os pais podem ficar irritados quando seus filhos dão ataques e fazem manha, porque sentem vergonha ou porque acreditam que devem ser capazes de controlar o comportamento das crianças.
Lembre-se de que o seu relacionamento com o seu filho é muito mais importante do que aquilo que os outros podem estar pensando. Se o seu filho der um ataque em público, concentre-se nos seus objetivos de longo prazo* e em dar carinho e referências claras de educação à criança. Tente não ficar muito preocupado com o que outras pessoas pensam.
Lembre-se de que o seu relacionamento com o seu filho é muito mais importante do que aquilo que os outros podem estar pensando. Se o seu filho der um ataque em público, concentre-se nos seus objetivos de longo prazo* e em dar carinho e referências claras de educação à criança. Tente não ficar muito preocupado com o que outras pessoas pensam.
Além disso, lembre-se de que tentar controlar um escândalo é como tentar controlar uma tempestade. Não é possível. Crianças dão ataques deste tipo porque não entendem a razão de estarmos negando-lhes algo, e porque elas não sabem muito bem como lidar com a frustração. Dar ataque é a forma encontrada por seu filho para dizer que ele está muito, muito frustrado. Se você gritar ou bater nele neste momento, ele apenas ficará ainda mais frustrado. Ele também sentirá medo e acreditará haver sido incompreendido.
A melhor coisa a fazer é esperar. Fique perto para que a criança sinta-se segura enquanto é tomada pela tempestade. Algumas vezes, segurar seu filho com carinho pode ajudar a acalmá-lo.
Quando o escândalo houver acabado, sente-se com seu filho e converse sobre o que aconteceu. Aproveite a oportunidade para ensiná-lo o que são sentimentos, quão fortes eles podem se tornar e quais são os seus nomes. Você também pode explicar o porquê de ter dito “não” e que você entende sua frustração. Diga-lhe o que você faz para acalmar-se quando está frustrado. E certifique-se de haver dito que você o ama, não importa se ele está feliz, triste ou bravo. Depois, passe para outra.
Quando o escândalo houver acabado, sente-se com seu filho e converse sobre o que aconteceu. Aproveite a oportunidade para ensiná-lo o que são sentimentos, quão fortes eles podem se tornar e quais são os seus nomes. Você também pode explicar o porquê de ter dito “não” e que você entende sua frustração. Diga-lhe o que você faz para acalmar-se quando está frustrado. E certifique-se de haver dito que você o ama, não importa se ele está feliz, triste ou bravo. Depois, passe para outra.
* Segundo o autor, o primeiro passo para a aplicação da disciplina positiva é a definição de objetivos de longo prazo para a educação dos filhos. Objetivos de longo prazo são as metas que os pais desejam atingir quando seus filhos estiverem grandes – e normalmente envolvem o cultivo de um bom caráter, ético, pacífico e amoroso. Objetivos de longo prazo podem entrar em conflito com objetivos de curto prazo, que correspondem àquilo que os pais desejam que seus filhos façam imediatamente. No entanto, o autor explica que pensar nas metas mais distantes é a forma mais inteligente de conduzir a educação das crianças no dia-a-dia.
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.
Alguns pais acreditam que dar tapas na mão, palmadas no bumbum ou bater na criança com uma vara pode ensinar importantes lições. Na verdade, o castigo físico ensina à criança que:
- É batendo que comunicamos coisas importantes.
- Bater é uma resposta aceitável para a raiva.
- As pessoas das quais elas dependem para sua proteção irão machucá-las.
- Eles devem ter medo de seus pais, ao invés de confiar neles para que ajudem e ensinem.
- Suas casas não são seguras para exploração.
É necessário que pensemos sobre o que queremos ensinar a nossos filhos no longo prazo. Se quisermos ensiná-los a serem pacíficos, precisamos mostrá-los como ser pacíficos. Se quisermos ensiná-los como permanecer em segurança, devemos explicar e mostrar a eles como fazê-lo.
Pense no efeito que ser punido fisicamente tem sobre adultos. Quando alguém nos bate, sentimo-nos humilhados. Não temos motivação para agradar a pessoa que nos bateu, sentimos ressentimento e medo. Podemos inclusive ter desejo de vingança.
Pense no efeito que ser punido fisicamente tem sobre adultos. Quando alguém nos bate, sentimo-nos humilhados. Não temos motivação para agradar a pessoa que nos bateu, sentimos ressentimento e medo. Podemos inclusive ter desejo de vingança.
Bater em seu filho prejudica seu relacionamento com ele, e não lhe dá a informação necessária para que tome decisões. Além disso, bater não aumenta o respeito de seu filho por você.
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.
Algumas vezes, os pais tentam corrigir seus filhos dizendo-lhes que são maus, desastrados, imaturos ou incompetentes. Quando as crianças ouvem tais críticas, sentem-se rejeitadas e fracassadas.
Se elas se virem como más, terão mais propensão a adotar comportamentos maus.
Se elas se virem como incompetentes, terão menos propensão a dominar novas habilidades.
Crianças são aprendizes. Elas dependem de nós para construir seu saber e habilidade. Elas precisam de nosso apoio. Crianças com boa auto-estima têm mais sucesso porque se dispõem a tentar. São mais felizes porque têm mais certeza de sua capacidade de lidar com o fracasso. E têm relacionamentos melhores com seus pais porque sabem que suas famílias acreditam nelas.
Pais e mães podem fazer muitas coisas para construir uma boa auto-estima para seus filhos. Eles podem:
Se elas se virem como incompetentes, terão menos propensão a dominar novas habilidades.
Crianças são aprendizes. Elas dependem de nós para construir seu saber e habilidade. Elas precisam de nosso apoio. Crianças com boa auto-estima têm mais sucesso porque se dispõem a tentar. São mais felizes porque têm mais certeza de sua capacidade de lidar com o fracasso. E têm relacionamentos melhores com seus pais porque sabem que suas famílias acreditam nelas.
Pais e mães podem fazer muitas coisas para construir uma boa auto-estima para seus filhos. Eles podem:
- Reconhecer os esforços dos filhos, mesmo que eles não sejam perfeitos.
- Apreciar a vontade de ajudar das crianças.
- Apoiar seus filhos quando falham e encorajá-los a continuar tentando.
- Dizer a suas crianças todas as coisas que as tornam especiais.
Nós somos todos movidos pelo encorajamento. Trocar as críticas pelo encorajamento pode ter efeitos poderosos em seu filho.
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.
Um dos maiores desafios da infância é aprender como lidar com emoções e expressá-las corretamente. Essa é uma tarefa difícil porque as emoções podem impedir que pensemos com clareza. Emoções podem fazer com que tenhamos reações impulsivas, dizendo coisas que normalmente não diríamos ou fazendo coisas que normalmente não faríamos.
Para que uma criança entenda emoções e possa usá-las e expressá-las da maneira certa é preciso superar grandes desafios. Certas emoções podem fazer com que as crianças sintam-se sobrecarregadas. Se elas costumam dar ataques de fúria quando pequenas, também podem ter explosões de raiva quando maiores. Ou podem ficar silenciosas, incapazes, com medo de expressar seus sentimentos.
Nessas ocasiões, elas precisam sentir que são amadas e que estão seguras. Não é possível ter uma conversa calma com seu filho quando ele está muito irritado. A melhor coisa a fazer é sentar-se por perto, deixando que seu filho saiba através de sua maneira de agir que você estará presente caso ele precise.
Uma vez que a tempestade houver acabado, você pode falar sobre o problema e, permanecendo calmo, mostrar ao seu filho como expressar sentimentos da maneira correta. Você também pode indicar formas de resolver a questão que causou a explosão de raiva.
Lembre-se: estes ataques de fúria passam. E cada um deles lhe oferece a oportunidade de ser um exemplo para seu filho.
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.
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