Eu sou da corrente do bem.

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Educação para o trabalho começa em casa

Felicidade Içami Tiba

Programa Sempre um Papo com Içami Tiba - 2009

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muito obrigado a Içami Tibapelos estudos que tanto nos ajudam www.tiba.com.br.

I�ami Tiba fala sobre a dif�cil arte de educar os filhos

Ve�culo: Folha de Londrina
Data: 28/09/2008
Cidade: Londrina
Coluna: Opini�o
Jornalista: Paula Costa Bonini

Psiquiatra e educador I�ami Tiba d� orienta��o aos pais sobre como agir na forma��o dos filhos e sentencia: palmada n�o resolve

Para o educador, os pais n�o t�m conhecimento necess�rio para educar os filhos, recorrendo a erros como falta de imposi��o de limites e superprote��o

Mesmo diante da gama de informa��es dispon�veis os pais do s�culo 21 ainda encontram dificuldades na miss�o de educar. Para reverter esta realidade, � necess�rio que todos os envolvidos na educa��o - como pais e professores - busquem formas de amenizar os problemas decorrentes da nova din�mica familiar e da mudan�a de valores.

Seguindo a linha de ''quem ama, educa'', o psiquiatra e educador I�ami Tiba, autor de 22 livros, faz um alerta em entrevista � Folha de Londrina: os pais n�o t�m o conhecimento necess�rio para educar os filhos, recorrendo a erros como falta de imposi��o de limites e superprote��o.

Muitos pais evitam o sofrimento e a frustra��o do filho, acreditando que favorecem a forma��o deles. Que preju�zo isso pode acarretar no futuro?

Se a gente faz pelo filho o que ele tem que fazer, estamos deixando-o 'aleijado', e no futuro ele n�o vai render o quanto poderia. Esse filho pode se tornar uma pessoa sem iniciativa que, al�m de ficar esperando que os outros fa�am as coisas por ele, tamb�m quer mandar. Os pais devem se tornar educadores, fazendo do filho um cidad�o �tico e n�o uma pessoa mimada e dependente.

� poss�vel reverter uma situa��o dessas na adolesc�ncia?

Desde que os pais retomem a posi��o de autoridade, preocupando-se em n�o dar ao filho o que ele n�o tem compet�ncia de fazer. Se n�o for severo e n�o cortar as folgas do filho, ele se acostuma a ser um bebez�o adolescente e l� fora a vida n�o � assim.

Castigo resolve?

Eles t�m que arcar com as conseq��ncias: sujou tem que limpar, tirou brinquedo do lugar tem que guardar. O que n�o adianta � dar umas palmadas, pois depois o filho adolescente bate no pai, que tem vergonha de dizer isso aos outros. Muitos pais est�o apanhando moralmente do filho, porque eles deixaram a tirania crescer e n�o tiveram a autoridade suficiente para educar.

Devido � correria da vida profissional, os pais t�m ficado pouco com os filhos. Como isso pode interferir na educa��o das crian�as?

Os pais que d�o computador ao filho e reclamam que n�o t�m tempo, est�o com um p� no 'jur�ssico', acreditando que precisam estar fisicamente presentes para educarem os filhos. Se deram o computador, devem aprender a entrar no Orkut, a fim de conhecer todos os amigos do filho. � preciso compartilhar da vida do filho. Por exemplo: se ele tiver prova no final do m�s, os pais t�m que cobrar se o filho estudou e pedir que envie � eles um torpedo de poucas linhas, com suas palavras, sobre o assunto da prova. Eles n�o precisam ficar juntos do filho para ver se ele, de fato, estudou. Dependendo do uso que se faz, o computador pode ser ben�fico na rela��o entre pais e filhos. � poss�vel conciliar a vida profissional com o papel de pai e m�e.

E o papel da escola, como fica?

Se os pais acompanharem a vida escolar do filho, melhor ser� o estudante. O grande erro � o fato de muitos pais soltarem a educa��o em casa, achando que a escola vai educar. A crian�a educada em casa aproveita melhor a escola. J� os educadores precisam orientar os pais, que, muitas vezes, s�o contra a escola. Mas como eles podem ser contr�rios � escola que ensina o filho deles? Tem pais que querem mudar o mundo para que o filho seja do jeito que �, mas o mundo n�o vai mudar. � a pessoa que tem de se adaptar ao mundo. Na escola tamb�m tem que haver regras, por isso se fala em disciplina, em cidadania escolar. � preciso que escola e fam�lia eduquem junto � crian�a, o que chamamos de educa��o a seis m�os.

� poss�vel estabelecer uma rela��o de amizade e respeito entre pais e filhos?

Esse neg�cio de amizade � algo muito falso. Dizer que os pais s�o os melhores amigos do filho � mentira, pois eles n�o saem juntos para as baladas, n�o fumam maconha e n�o ficam 'segurando vela' para o filho sair com uma garota. Pais e filhos devem ser companheiros, devem compartilhar e dividir coisas que n�o se faz com ningu�m. Amigo � amigo. N�o tem essa dos pais serem amigos dos filhos, tem que ser companheiro.

O senhor tocou no assunto de fumar maconha, dilema para muitos pais de adolescentes. Na sua opini�o, qual deve ser a atitude dos pais quando percebem que o filho est� usando algum tipo de droga?

Tem que reprimir. N�o tem essa hist�ria de eu quero experimentar para ver o que �. Ent�o por que n�o experimenta usar a roleta russa do rev�lver? Se o filho usar e os pais perceberem, cabe a eles controlarem para que ele n�o volte a usar. Se for preciso, fazer at� exames no filho para verificar se, realmente, n�o est� mais utilizando. N�o tem essa de dizer ao filho: voc� n�o vai fumar porque eu n�o quero. Tem que justificar as raz�es, n�o utilizando preconceito e autoritarismo, mas sim conhecimento. E isso serve para outras situa��es tamb�m, os pais nunca devem dizer: fa�a isso porque estamos mandando e pronto, pois cada norma necessita de uma explica��o.

Para finalizar, que recado o senhor deixaria aos pais e educadores do s�culo 21?

O maior problema dos pais de hoje � que eles n�o t�m o conhecimento necess�rio para educar os filhos. Por isso, meu conselho �: estudem. T�m mat�rias sobre educa��o nos jornais, livros. Aos educadores, digo que tem que se atualizar sempre, pois teorias existem muitas, sendo algumas at� obsoletas. Ou a pessoa se atualiza ou vai continuar funcionando como profissional do passado com jovens do presente.

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MUITO OBRIGADO.: Meu muito obrigado de hoje vai para uma familia qu...

MUITO OBRIGADO.: Meu muito obrigado de hoje vai para uma familia qu...: "NOS DIAS ATUAIS ..o que vemos são familias se separando por qualquer motivo, as pessoas só pensam em si mesmo e o róximo que se dane.....ma..."

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ótima materia site www.bebe.abril.com.br

O que fazer quando a criança está com o intestino preso?
O intervalo entre as idas ao banheiro para fazer cocô varia de uma criança para outra. Recém-nascidos ficam até dois dias sem evacuar, embora isso seja incomum, principalmente entre os que mamam no peito. Nesse caso, a dica é estimular o ânus do bebê com uma gaze enrolada no dedo. Normalmente, o pequeno consegue liberar as fezes só com um toque superficial na região. Agora, se o problema persistir, procure um pediatra –seu filho pode estar com o intestino preso. Já os lactentes, sobretudo aqueles que mamam exclusivamente o leite materno, podem permanecer sem evacuar por mais de uma semana, sem risco à saúde. Mas, ainda assim, se for esse o caso do seu filho, relate-o ao pediatra da criança. Entre os bebês mais velhos, o intervalo do cocô pode chegar a três dias, ou mais, sem que isso caracterize a chamada prisão de ventre. Em compensação, existem crianças que apresentam a doença mesmo visitando a privadinha ou sujando a fraldinha todos os dias. Nessa hora, o mais importante é observar a característica das fezes e estar atento a eventuais queixas de dor da criança, independente da idade.


Quando procurar o médico?
Recém-nascidos: Fezes firmes, menos de uma vez por dia.
Lactentes e bebês: Cocô duro e compacto, com intervalo de três a quatro dias entre as evacuações.
Qualquer idade: Fezes grandes, duras e secas, com mais de três a quatro dias entre as evacuações. Dor ou dificuldade ao evacuar. Dor de barriga que passa após movimentos do intestino. Presença de sangue em torno das fezes. Borrões de cocô ou sangue na cueca, na calcinha ou na fralda entre uma evacuação e outra.


Como prevenir a prisão de ventre infantil?
As causas da constipação costumam estar associadas a fatores como desidratação, alimentação pobre em fibras, inatividade física, estresse emocional ligado principalmente à retirada da fralda e vergonha ou dificuldade de usar o banheiro fora de casa. Portanto, para prevenir ou mesmo combater a prisão de ventre, é importante dar bastante água e suco para a criança, oferecer frutas, legumes, verduras e cereais integrais, ser bastante paciente, participativo, compreensivo e amoroso durante a troca de fraldas, estimular brincadeiras com bastante movimentação e criar rotinas para ir ao toalete. Além disso, procure explicar para o pequeno que segurar o cocô faz mal à saúde. Importante: só dê alimentos ou medicamentos laxativos sob orientação médica, pois eles podem agravar o problema.

Referências bibliográficas:
BAKER, SS. et al. Evaluation and treatment of constipation in infants and children: recommendations of the North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition. J Pediatr Gastroenterol Nutr, 43(3): e1-e13, 2006.
HEALTHY CHILDREN. How do I know if my child is constipated? 2011. Disponível aqui. Acesso em: 20 dez. 2010.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Temas de nutrição em pediatria. 2002. Disponível aqui. Acesso em: 20 dez. 2010.
AGMONT, G. Recém-nascido: 18 cuidados essenciais. Disponível aqui. Acesso em: 20 dez. 2010.
AGMONT, G. 50 perguntas e respostas sobre os cuidados com o bebê. aqui. Acesso em: 20 dez. 2010.


Chegando a parte 6 /7/8 e terminando 9.... valeu.

Como lidar com ataques e escândalos
Os pais podem ficar irritados quando seus filhos dão ataques e fazem manha, porque sentem vergonha ou porque acreditam que devem ser capazes de controlar o comportamento das crianças.
Lembre-se de que o seu relacionamento com o seu filho é muito mais importante do que aquilo que os outros podem estar pensando. Se o seu filho der um ataque em público, concentre-se nos seus objetivos de longo prazo* e em dar carinho e referências claras de educação à criança. Tente não ficar muito preocupado com o que outras pessoas pensam.
Além disso, lembre-se de que tentar controlar um escândalo é como tentar controlar uma tempestade. Não é possível. Crianças dão ataques deste tipo porque não entendem a razão de estarmos negando-lhes algo, e porque elas não sabem muito bem como lidar com a frustração. Dar ataque é a forma encontrada por seu filho para dizer que ele está muito, muito frustrado. Se você gritar ou bater nele neste momento, ele apenas ficará ainda mais frustrado. Ele também sentirá medo e acreditará haver sido incompreendido.
A melhor coisa a fazer é esperar. Fique perto para que a criança sinta-se segura enquanto é tomada pela tempestade. Algumas vezes, segurar seu filho com carinho pode ajudar a acalmá-lo.
Quando o escândalo houver acabado, sente-se com seu filho e converse sobre o que aconteceu. Aproveite a oportunidade para ensiná-lo o que são sentimentos, quão fortes eles podem se tornar e quais são os seus nomes. Você também pode explicar o porquê de ter dito “não” e que você entende sua frustração. Diga-lhe o que você faz para acalmar-se quando está frustrado. E certifique-se de haver dito que você o ama, não importa se ele está feliz, triste ou bravo. Depois, passe para outra.
* Segundo o autor, o primeiro passo para a aplicação da disciplina positiva é a definição de objetivos de longo prazo para a educação dos filhos. Objetivos de longo prazo são as metas que os pais desejam atingir quando seus filhos estiverem grandes – e normalmente envolvem o cultivo de um bom caráter, ético, pacífico e amoroso. Objetivos de longo prazo podem entrar em conflito com objetivos de curto prazo, que correspondem àquilo que os pais desejam que seus filhos façam imediatamente. No entanto, o autor explica que pensar nas metas mais distantes é a forma mais inteligente de conduzir a educação das crianças no dia-a-dia.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.


Tapas e palmadas
Alguns pais acreditam que dar tapas na mão, palmadas no bumbum ou bater na criança com uma vara pode ensinar importantes lições. Na verdade, o castigo físico ensina à criança que:
  • É batendo que comunicamos coisas importantes.
  • Bater é uma resposta aceitável para a raiva.
  • As pessoas das quais elas dependem para sua proteção irão machucá-las.
  • Eles devem ter medo de seus pais, ao invés de confiar neles para que ajudem e ensinem.
  • Suas casas não são seguras para exploração.
É necessário que pensemos sobre o que queremos ensinar a nossos filhos no longo prazo. Se quisermos ensiná-los a serem pacíficos, precisamos mostrá-los como ser pacíficos. Se quisermos ensiná-los como permanecer em segurança, devemos explicar e mostrar a eles como fazê-lo.
Pense no efeito que ser punido fisicamente tem sobre adultos. Quando alguém nos bate, sentimo-nos humilhados. Não temos motivação para agradar a pessoa que nos bateu, sentimos ressentimento e medo. Podemos inclusive ter desejo de vingança.
Bater em seu filho prejudica seu relacionamento com ele, e não lhe dá a informação necessária para que tome decisões. Além disso, bater não aumenta o respeito de seu filho por você.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.


Desaprovação e críticas
Algumas vezes, os pais tentam corrigir seus filhos dizendo-lhes que são maus, desastrados, imaturos ou incompetentes. Quando as crianças ouvem tais críticas, sentem-se rejeitadas e fracassadas.
Se elas se virem como más, terão mais propensão a adotar comportamentos maus.
Se elas se virem como incompetentes, terão menos propensão a dominar novas habilidades.
Crianças são aprendizes. Elas dependem de nós para construir seu saber e habilidade. Elas precisam de nosso apoio. Crianças com boa auto-estima têm mais sucesso porque se dispõem a tentar. São mais felizes porque têm mais certeza de sua capacidade de lidar com o fracasso. E têm relacionamentos melhores com seus pais porque sabem que suas famílias acreditam nelas.

Pais e mães podem fazer muitas coisas para construir uma boa auto-estima para seus filhos. Eles podem:
  • Reconhecer os esforços dos filhos, mesmo que eles não sejam perfeitos.
  • Apreciar a vontade de ajudar das crianças.
  • Apoiar seus filhos quando falham e encorajá-los a continuar tentando.
  • Dizer a suas crianças todas as coisas que as tornam especiais.
Nós somos todos movidos pelo encorajamento. Trocar as críticas pelo encorajamento pode ter efeitos poderosos em seu filho.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.


Explosões de raiva em pré-adolescentes
Um dos maiores desafios da infância é aprender como lidar com emoções e expressá-las corretamente. Essa é uma tarefa difícil porque as emoções podem impedir que pensemos com clareza. Emoções podem fazer com que tenhamos reações impulsivas, dizendo coisas que normalmente não diríamos ou fazendo coisas que normalmente não faríamos.
Para que uma criança entenda emoções e possa usá-las e expressá-las da maneira certa é preciso superar grandes desafios. Certas emoções podem fazer com que as crianças sintam-se sobrecarregadas. Se elas costumam dar ataques de fúria quando pequenas, também podem ter explosões de raiva quando maiores. Ou podem ficar silenciosas, incapazes, com medo de expressar seus sentimentos.
Nessas ocasiões, elas precisam sentir que são amadas e que estão seguras. Não é possível ter uma conversa calma com seu filho quando ele está muito irritado. A melhor coisa a fazer é sentar-se por perto, deixando que seu filho saiba através de sua maneira de agir que você estará presente caso ele precise.
Uma vez que a tempestade houver acabado, você pode falar sobre o problema e, permanecendo calmo, mostrar ao seu filho como expressar sentimentos da maneira correta. Você também pode indicar formas de resolver a questão que causou a explosão de raiva.
Lembre-se: estes ataques de fúria passam. E cada um deles lhe oferece a oportunidade de ser um exemplo para seu filho.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.

4 e 5 parte O negativismo infantil e o Medo das crianças.

O negativismo infantil
É completamente normal que crianças pequenas se recusem a fazer aquilo que você pede. Elas não agem assim para irritá-lo ou desafia-lo. Elas agem desta forma porque descobrem que são indivíduos e querem experimentar sua habilidade de tomar decisões.
Algumas vezes você explicará coisas a seus filhos, mas ainda assim eles não farão o que você pede. Isso ocorre porque eles querem tomar suas próprias decisões. Nesse momento, pode ser útil oferecer escolhas às crianças para que elas exerçam sua capacidade de tomada de decisões. “Você prefere usar seu casaco verde ou seu casaco amarelo?”, “Você quer andar ou ser levado nos braços?”. Uma vez que a criança escolhe uma destas opções, seu objetivo de curto-prazo é cumprido*.
Assegure-se de que as escolhas que você oferece são escolhas que você pode aceitar. Se você precisa ir a algum lugar, não pergunte se a criança “prefere sair ou ficar em casa”. Se ela escolher permanecer em casa, mas você precisar sair, a criança sentirá que a opção que ela escolhe não tem importância e que você não está sendo sincero quando a oferece.
Além disso, uma ameaça não é uma escolha. “Ou você coloca seu casaco ou eu baterei em você”, “Ou você sai de casa sozinho ou eu nunca mais o levarei comigo”. Isso não é uma escolha, e sim uma ameaça. Ameaças amedrontam seus filhos. Eles também criam uma armadilha para os pais. Se o seu filho não quiser colocar o casaco, você sentirá que deve cumprir com sua ameaça, o que fará com que a situação fique pior.
*O autor fala de objetivos de curto prazo para designar aquilo que os pais desejam que as crianças façam de forma imediata. Objetivos de curto prazo podem ser atingidos respeitando os objetivos de longo prazo, que dizem respeito às metas que os pais desejam atingir através da educação dos filhos uma vez que estes estiverem grandes. Eventuais conflitos entre objetivos de curto e de longo prazo podem aparecer, e é importante desenvolver estratégias para lidar com eles sem desrespeitar a criança.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.


Os medos das crianças
É muito difícil convencer crianças pequenas de que as coisas que elas temem não são reais. Elas ainda não entendem a diferença entre realidade e imaginação. Algumas vezes, o melhor a fazer é checar embaixo da cama de seu filho ou dentro do armário para mostrar que não há nada ali. Depois ofereça conforto e companhia para que ele relaxe e adormeça sabendo que está seguro.
Lembre-se de que a maioria de nós não gosta de ficar sozinho no escuro. O medo é uma reação natural do ser humano quando está sentindo-se vulnerável. Por vezes, a imaginação dos adultos também é capaz de voar alto quando eles estão sozinhos no escuro. Se tivermos consciência de nossos próprios medos, poderemos entender os medos de nossos filhos com muito mais facilidade.
Em algumas culturas, as crianças dormem com seus pais. Nessas culturas, é mais fácil ajudar os pequenos para que tenham um sentimento de segurança e proteção durante a noite.
Em outras culturas, a prática de pais e filhos dormirem juntos não é comum. Nessas culturas, os pais devem fazer um esforço extra para assegurar-se de que seus filhos sentem-se seguros e protegidos.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.

3 parte Uma Casa Segura.

Uma casa segura para crianças
Crianças pequenas precisam explorar. É dessa forma que aprendem. A exploração dos espaços é absolutamente essencial ao desenvolvimento do cérebro infantil.
Os pais precisam manter seus filhos em segurança.
A melhor maneira de resolver esse problema é certificando-se de que sua casa é segura.
Engatinhe pela casa e observe-a do ponto de vista do seu filho.
  • Onde estão os perigos – objetos pontiagudos, venenos, objetos quebráveis? Coloque-os todos em lugares altos ou armários trancados.
  • Cubra as tomadas.
  • Tranque facas e ferramentas.
  • Esconda medicamentos.
  • Vire as alças das panelas para o lado de dentro do fogão.
  • Certifique-se de que objetos pesados não podem ser puxados ou empurrados.
  • Certifique-se de que sua casa é segura para ser explorada.
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.


Como controlar a raiva dos pais
Há muitos momentos na vida de um bebê em que você poderá sentir frustração ou medo. Muitas vezes, esses sentimentos podem gerar raiva. Sentimo-nos irritados quando acreditamos que nossas crianças estão comportando-se intencionalmente mal. Se pensarmos que nossos filhos são capazes de controlar seu comportamento para deixar-nos bravos, ficaremos bravos.
No entanto, bebês não entendem nossos sentimentos. Eles não sabem a razão de nossa irritação. Eles estão tentando entender tudo isso e têm medo de nossa raiva. Não é a reação que eles procuram.
Durante os primeiros anos da infância de seu filho, paciência é extremamente importante. Eles aprendem conosco como agir quando sentirem-se irritados. É necessário muito autocontrole da parte dos pais para dominar a raiva e responder com disciplina positiva. Respirar fundo pode ajudar, bem como caminhar um pouco ou sair do cômodo até sentir-se mais calmo. O aprendizado infantil é gradual. Levará tempo até que as crianças entendam tudo que ensinamos. Mas a compreensão de seu filho é a chave para a obtenção de seus objetivos de longo prazo. *
Dicas para controlar sua raiva:
1. Conte até 10 antes de dizer ou fazer qualquer coisa. Se você ainda estiver com raiva, afaste-se e conceda-se um pouco de tempo, até que fique mais calmo.
2. Relaxe seus ombros, respire fundo e repita uma frase como “acalme-se” ou “devagar”.
3. Coloque suas mãos atrás das costas e diga a si mesmo que deve esperar. Não fale nada antes de acalmar-se.
4. Ande um pouco e pense na situação. Pergunte-se por que seu filho age desta maneira. Coloque-se no lugar da criança. Planeje uma reação que respeite o ponto de vista de seu filho e que também mostre para ele as razões de sua irritação.
5. Vá a algum lugar calmo e revise os passos da disciplina positiva. Volte para junto da criança apenas quando houver planejado uma resposta que respeite os objetivos de longo prazo para sua educação, que lhe dê carinho e referências claras, e que reconheça a forma de pensar e sentir de seu filho.
6. Lembre-se de que esta situação é uma oportunidade de ensinar ao seu filho como acabar com conflitos através da comunicação e da resolução de problemas.
A raiva é sinal de que você e seu filho não entendem o ponto de vista um do outro. Ela mostra que a comunicação precisa ser restaurada. Não deixe que a raiva faça com que você diga coisas más, rebaixe seu filho, ou machuque-o. Não guarde rancores ou tente ficar quites com a criança.
Lembre-se de que o aprendizado mais importante acontece nas situações mais difíceis. Agarre cada oportunidade de agir como a pessoa que você deseja que seu filho se torne.

* Segundo o autor, o primeiro passo para a aplicação da disciplina positiva é a definição de objetivos de longo prazo para a educação dos filhos. Objetivos de longo prazo são as metas que os pais desejam atingir quando seus filhos estiverem grandes – e normalmente envolvem o cultivo de um bom caráter, ético, pacífico e amoroso. Objetivos de longo prazo podem entrar em conflito com objetivos de curto prazo, que correspondem àquilo que os pais desejam que seus filhos façam imediatamente. No entanto, o autor explica que pensar nas metas mais distantes é a forma mais inteligente de conduzir a educação das crianças no dia-a-dia.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.

2 parte O choro do bebê.

Choro de bebê
Os pais podem ficar muito cansados ao cuidar de seus bebês. Algumas vezes, eles podem ter vontade de sacudir ou bater o bebê quando ele não pára de chorar. Sacudir ou bater no seu bebê não acaba com o choro, mas pode:
Fazer com que ele tenha medo de você.
Machuca-lo, ferindo-o ou quebrando ossos.
Prejudicar seu cérebro.
Matá-lo.
Os corpinhos e os cérebros de bebês são extremamente frágeis. Nunca sacuda ou machuque um bebê. Se o seu filho não pára de chorar, ele precisa saber que você está presente. Ele precisa ser confortado e apoiado. Não é possível mimar um bebê. Mas você nem sempre será capaz de acalmar seu bebê. Se você acha que está muito cansado e estressado, peça ajuda à sua família, amigos, médico ou outros recursos na sua comunidade.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.
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Mudanças de humor nos pais
Suas variações de humor influenciam tanto o comportamento de seu filho quanto sua própria reação a este comportamento. Se você está cansado, estressado, preocupado ou bravo com algo, terá mais chances de agir com agressividade em relação a seus filhos. É muito comum que os pais se peguem descontando suas frustrações nas crianças.
  • Quando as variações de humor dos pais são imprevisíveis, as crianças podem tornar-se inseguras e ansiosas.
  • Quando os pais ignoram um comportamento em determinado dia, mas demonstram irritação com o mesmo comportamento em outro dia, seus filhos ficam confusos.
  • Quando os pais brigam com as crianças porque estão preocupados com outras questões, seus filhos ficam ressentidos por não estarem sendo tratados com justiça.
  • Quando os pais estão sempre nervosos e de mau-humor, as crianças sentem medo.
O humor dos pais afeta o comportamento das crianças. É importante que os pais tenham consciência de suas próprias variações de humor. Eles devem evitar descontar seu mau-humor em suas crianças.
É importante que os pais durmam bem e comam alimentos nutritivos para que tenham energia o suficiente para encarar todas as tensões da vida quotidiana. Se você costuma irritar-se com facilidade, estando frequentemente triste, preocupado ou estressado, deve falar com o seu médico, uma enfermeira ou um bom amigo ou familiar. É importante que você resolva seus problemas de maneira construtiva, sem prejudicar suas crianças.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.

retirado do site htto://naobataeduque.org.br estaremos somando com todos site e blogs que cuidam e ajudam a melhorar a vida das nossas crianças.


As fichas reproduzidas aqui fazem parte de um manual publicado pela organização sueca Save the Children, que explica aos pais como educar seus filhos usando técnicas de disciplina positiva. O autor deste manual, Joan E. Durrant, mostra que é possível educar as crianças sem recorrer ao castigo físico, de maneira eficaz e duradoura.

Depressão pós-parto
A chegada de um novo bebê provoca grandes transformações na vida da mãe. Algumas vezes, as mães sentem saudades do tempo em que não tinham um bebê, podendo comer, dormir e sair quando quisessem. Novas mães podem se sentir completamente sobrecarregadas com os cuidados dedicados ao bebê.
Além das mudanças de estilo de vida que a chegada do bebê acarreta, as mães passam por grandes transformações físicas. Seus hormônios flutuam para acelerar a recuperação do corpo após o parto e para criar leite para o recém-nascido.
Mesmo amando seus bebês, as mães podem desenvolver depressão depois do nascimento de seus filhos em razão da combinação de mudanças físicas e de estilo de vida pela qual estão passando. Tal depressão não é incomum. Ela não significa que a mulher é uma péssima mãe ou uma má pessoa. Trata-se simplesmente de uma reação às grandes transformações pelas quais ela está passando.
Se você anda chorando demais, sentindo-se “pra baixo”, sem energia ou sem ligação emocional com o seu bebê, deve falar com o seu médico ou uma enfermeira imediatamente. Você precisa de apoio, pessoas com quem conversar e tempo para si mesma. Ler sobre depressão pós-parto e entrar em contato com outras mães também pode ajudar.
Em alguns casos, esse tipo de depressão pode tornar-se bastante grave. Se você sente indiferença por seu bebê ou pensa em machucá-lo, diga ao seu médico o mais rápido possível. A depressão pós-parto pode ser tratada.
 
Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.